quinta-feira, 15 de julho de 2010

Significado e importância do espírito granberyense

Foi o Dr. ]ohn Williams Tarboux, antigo diretor do Granbery, quem criou a expressão espírito granberyense.
Não podemos falar em espírito granberyense sem mencionar o que significa “ser granberyense”, como não podemos dizer ser granberyense sem falar em espírito granberyense. São dois conceitos que se completam e se interpenetram.Ser granberyense, no dizer de um ex-aluno, é um estado de espírito, uma visão mais ampla das coisas e da vida, principalmente do relacionamento humano.
Espírito granberyens" é a somatória da vivência no Granbery, mais o ideal e o compromisso com a verdade e perfeição. Essas duas virtudes se constituem na base da educação neste amado colégio.
O espírito granberyense se concretiza à medida que nós, granberyenses, crescemos na busca do constante aperfeiçoamento. Nesse sentido, vale lembrar o dito de Horacio, no símbolo do Granbery “cresce imperceptivelmente através dos tempos, como cresce a árvore”.
A partir dessas afirmações é que pretendo refletir sobre o significado e a importância do espírito granberyense. Intimamente relacionado com a proposta “verdade e perfeição”, o espírito granberyense é, certamente, um alvo para a vida, algo vivido e que nos foi transmitido no dia a dia de convívio com o Granbery, no jornadear dos dias escolares; na firmeza das convicções que nos foram passadas por professores e funcionários da escola.
Foram situações, desafios, exemplos dos mestres, que ficaram sedimentados na vida de jovens que, de geração em geração, passaram pelos corredores, salas de aula, assembléias no salão nobre, quadras de esporte, e que viram crescer a antiga árvore, espalhando galhos e galhos sobre os pátios.
Gerações têm sido marcadas pelos sábios bíblicos:

[...] finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe,seja isto que ocupe o vosso pensamento.
[...] E seja o vosso falar sim, sim e não, não.
[...] Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
[...] mais vale o bom nome do que muitas riquezas.

Poderíamos ficar aqui citando centenas de outros trechos que serviram de lema para os nossos educadores e que marcaram a vida de milhares de granberyenses, aqui no Brasil e fora dele... Não raro recebemos notícias de granberyenses, saudosos, que de muito longe escreveram, reafirmando o valor daquilo que o Granbery lhes transmitiu e que agora testemunham nas suas vidas!
Onde reside a importância do espírito granberyense? A resposta é fácil para nós que encontramos e acertamos esse lema como proposta de vida! Sua importância está no fato de que nós buscamos e vivenciamos a cada dia o ideal, ainda que, para a maioria de nós, a busca pela verdade e perfeição se constitua num grande desafio! Ainda que não consigamos atingi-lo na sua plenitude, vamos caminhando em direção a ele!
Finalmente, espírito granberyense não é a saudade, nem tampouco a vontade de que o tempo voltasse quando retornarmos a ]uiz de Fora. É aquela marca que tem permanecido em muitas gerações, encorajando homens na luta por uma sociedade mais justa, verdadeira e próxima de perfeição cristã.
Que neste “III Encontro Mister Moore” possamos fortalecer esse espírito granberyense, que nos une e louvarmos a Deus pela existência do Granbery.

Almir de Souza Maia, 1985
Texto publicado originalmente na Revista Granberyense (nº 19, 1985)

terça-feira, 13 de julho de 2010

Bíblias rasgadas

As cerimônias de formaturas do Granbery realizadas no Salão Lindenberg, mais conhecido como Salão Nobre, hoje desativado, eram um acontecimento marcante para os formandos, suas famílias, reitores, professores funcionários, amigos e também para a população da cidade.
Os oradores das turmas dos cursos Ginasial, Científico e Técnico de Contabilidade apresentavam seus discursos, bem como os paraninfos. No ato da entrega dos diplomas os formandos ganhavam uma Bíblia. O público acompanhava o evento aplaudindo com respeito e emoção.
Eram instantes de reconhecimento pela vitoria conquistada e gratidão aos que ajudaram a consegui-la. Ao término da cerimônia, todos desciam vagarosamente a escadaria principal, com degraus de madeira, que dava acesso ao corredor para saída do colégio.
Numa dessas solenidades, um incidente inusitado ocorreu no segundo lance da escadaria. De repente, ouviu-se um burburinho vindo de um pequeno grupo de formandos que, de braços erguidos, mostravam a Bíblia que acabavam de receber como lembrança do Colégio e nela estava a frase escrita por Mr. Moore: “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro”. Provérbios 22:1.
Na mesma hora os convidados ficaram em silêncio sem entender o alarido provocado pelos formandos. Para espanto geral, alem de erguer as Bíblias eles rasgavam Suas páginas e as jogavam para o alto, numa atitude acintosa e incompreensível para os que presenciavam a estranha zombaria.
Até hoje, quando me recordo daquela afronta estudantil, não consigo entender por que, justamente no final de uma comemoração tão importante, a Bíblia, que era o livro citado nas assembléias e servia de inspiração para muitos, estava sendo objeto de deboche nas palavras e gestos daqueles jovens que estavam se despedindo.
Não sei que caminho tomaram aqueles provocadores ... Mas certamente eles não devem ter entendido a mensagem deixada por Mister Moore.

Cláudia Romano de Sant'Anna
Presidente do Setor Rio da Associação dos Granberyenses (texto publicado no Granberyense Rio, ano 11, nº 44, julho-setembro 2010)

Encontro dos Puritanos no Bennett em 28 de agosto

A idéia de reunir os puritanos que estudaram no Granbery foi bem aceita. Muitos foram localizados e enviaram nomes e endereços dos colegas. Um bom número deles deverá comparecer ao encontro do Setor Rio, dia 28 de agosto de 2010. Na foto, de 1959, enviada por Geazer Vargas, alguns foram identificados: (1ª fila) Jairo, Ricardo Bonfim, Uriel Teixeira, José Pereira; (2ª fila) Samuel, Derli, João Maria, Geazer Vargas, Ailton; (3ª fila) Ronaldo Sathler, Walter B. Geraldo, Benjamim G. Matos e Elias Boaventura.  

Notícia publicada no Granberyense Rio (Ano 11, nº 44, julho/setembro 2010)