A AG nasceu na mente de Walter Harvey Moore, idealizador e realizador das melhores ações para plantar nos corações de alunos e de ex-alunos a semente de um vínculo permanente com o Granbery. A sessão solene de fundação ocorreu em 14 de novembro de 1922, aberta pelo dinâmico fundador, com a presença de 23 granberyenses compromissados em honrar o nome do Granbery. Entre eles, os seguintes membros da Diretoria do Granbery: H.C. Tucker, presidente, J.M. Lander, João Evangelista Tavares, W.B. Lee, J.L. Becker, J.L. Kennedy, Charles A. Long e Arino F. de Moraes.
No estatuto (2) da AG, organizado bem mais tarde, em 1934, consta o compromisso de “formar e a manter o espírito de cooperação entre os granberyenses; a propalar os ideais do Colégio: Verdade e Perfeição, como fatores da grandeza e prosperidade do Brasil; a prestar todo o auxílio moral ou material a qualquer sócio necessitado”. O instrumento ainda destaca o dever de fraternidade entre os filhos “desta casa que o nome nos dá”. Os granberyenses afirmaram que a criação da AG rotulou-se da ideia de proteger e desenvolver os interesses do Granbery, criar e sustentar o sentimento feliz, nobre e elevado. Propuseram, ainda, que os granberyenses durante suas vidas honrassem e amassem o "Granbery pugnando sempre pelo seu engrandecimento, com lealdade, fé e perseverança.” (3)
No continuar dessa admirável História, pelos inúmeros depoimentos orais e escritos carregados de extrema emoção, pode-se constatar todo o envolvimento, entusiasmo e doações de vidas no realizar da sublime proposta do mestre Moore. Seu exemplo de dignidade e as marcas de seu admirável caráter chegaram até as atuais gerações. Tocados pela grandeza de seus propósitos, os granberyenses se empenham em manter abertas as portas da Instituição, movidos pela inegável força dessa mística que atravessou esses 90 anos e que, certamente, marcará incontáveis gerações vindouras.
A primeira diretoria teve a seguinte constituição: Presidente: Benjamim Colucci, ex-aluno, ex-professor, grande defensor dos ideais granberyenses e da Faculdade de Direito no Granbery. Foi eleito por dois períodos: 1922 a 1925 e 1953 a 1954, e nos períodos intermediários atuou como vice-presidente. Seu notável saber jurídico fez com que ao edifício do Fórum da Comarca de Juiz de Fora fosse atribuído o seu respeitado nome. Vice-Presidente: Josué Cardoso d’Affonseca. Secretária-Tesoureira: Yvone Palmer. (4)
Na mesma ocasião foram nomeados os presidentes dos setores: Rio de Janeiro: Miguel Timponi; São Paulo: Henrique Lindenberg; Belo Horizonte: Noraldino Lima; Rio Grande do Sul: Telles Garcia.
Mr. Moore atuou pessoalmente na consolidação da novel agremiação, considerada por ele baluarte na defesa dos ideais granberyenses. Nesse empenho, visitava os setores já estabelecidos nas capitais, mantendo constante diálogo com os granberyenses, empenhados nas causas da Instituição. Ademais, procurou estabelecer novos setores da AG em outras cidades, além das capitais. A admirável e indispensável participação dos setores, que possibilitaram a ex-alunos distantes fisicamente da alma mater darem sua contribuição para consecução dos objetivos estatutários da AG, será comentada oportunamente. Após a inspirada decisão de 1922, com o passar dos anos notáveis granberyenses se dispuseram a assumir a presidência das diretorias, quando realizaram e fortaleceram os propósitos para os quais a AG foi criada. Em reportagem de José de Souza Terror, na edição especial do “O Granberyense”, de setembro 2002, ano em que a AG completou 80 anos, foram publicadas fotos dos presidentes e sinopses de suas realizações. (5)
(2) Estatuto da Associação dos Granberyenses, Artigo 1°, letra “b”, em 9 de setembro de 1934
(3) Livro de Atas da Associação dos Granberyenses. Ata da primeira reunião, em 14 de novembro de 1922, p.1-2v.
(4) Ibidem.
(5) Autores: Guaracy Silveira e José Eutrópio.
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